As marcas e o propósito de serem mais sustentáveis: verdade ou consequência?"
Nos últimos anos temos tido acesso a muitos estudos que revelam que o consumidor privilegia marcas que se apresentam como sustentáveis. Consumidor este que valida a coerência entre o que a marca diz que oferece, a real experiência de consumo e o impacto que tem na comunidade.
Por vezes, a expetativa sai defraudada, com consequências muito negativas. Só para a marca? Vejamos, por exemplo, o casal que resolveu confirmar se os copos “descartáveis 100% biodegradáveis” oferecidos num festival de música, eram mesmo biodegradáveis. Fizeram-no durante o período necessário para validar a promessa, publicando os resultados nas redes sociais. A iniciativa foi alvo de notícia nos media porque afinal não era verdade. Mau para a marca, mas também para o planeta.
Quem cria uma marca sustentável tem muito presente a consciência do impacto que quer ter no mundo. Esta consciência é o seu propósito e, pela sua natureza, é o motor da criação de soluções que impactam positivamente o meio envolvente. Esta dinâmica mobiliza, envolve e fideliza os vários stakeholders da marca e, consequentemente, impulsiona os resultados comerciais. Chamo-lhe círculo virtuoso de propósito.
É verdade que as marcas têm o objetivo de ser mais sustentáveis. Umas por imposição do mercado, outras por imposição legal, outras movidas pelo propósito. Estas últimas, tenho testemunhado, conjugam de forma coerente discurso e ação, e encaram as suas vulnerabilidades sem medo, porque sabem que são elas a pedra de toque da inovação sustentável.
Artigo publicado na BRIEFING @2050.briefing em Fevereiro de 2023 https://2050.briefing.pt/edi%C3%A7%C3%B5es/item/232-fevereiro-2023.html
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