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Onze foi o número de propostas desenvolvidas no primeiro mês de Clara Como Água.

Foi um primeiro mês de muitas aprendizagens através da resposta que o mercado foi dando à minha iniciativa, depois de ter tornado público o site e blog e ter criado os perfis nas redes sociais.


O feedback mais importante chegou através de quem me procurou e dos desafios que me lançou. Que problemas me trouxe e como entendeu que a minha proposta poderia ajudar a resolver as suas dores.


Neste primeiro mês em ação percebi, através de quem confiou na minha proposta, três questões muito importantes:


1) Que estou a conseguir fazer chegar a minha mensagem a quem precisa dela – quem me procura sabe exatamente qual o seu propósito, sabe de que forma pode fazer a diferença na sua comunidade e precisa de apoio para desenhar o plano de marketing e lançar e comunicar o seu empreendimento;


2) Que os serviços e a metodologia propostos estão a permitir atingir os objetivos estabelecidos com os clientes atuais;


3) Que era necessário criar uma metodologia de trabalho colaborativa para clientes que querem ser eles a desenvolver o plano de marketing e comunicação de forma autónoma.


E assim surgiu uma nova metodologia que pretende apoiar a criação de marcas com propósito através de sessões de trabalho semanais em que o meu papel é apoiar o percurso de construção de um novo empreendimento, orientando, estruturando e dando feedback ao trabalho desenvolvido.


Hoje no primeiro dia do mês de fevereiro, depois de onze propostas, brindo à iniciativa. Porque foi a iniciativa, que me fez lançar a minha marca e as minhas propostas de valor mesmo com a consciência que não estavam fechadas nem perfeitas. Tudo começa com o propósito, mas sem ação, sem a iniciativa, o propósito fica apenas pela intenção.


Brindo à iniciativa, porque é a iniciativa de outros que faz ser pertinente a minha proposta: consultoria em marketing e comunicação para criar e lançar marcas com propósito; desenvolver estratégias de mobilização e angariação de recursos para causas; e desenvolver conteúdos de comunicação para projetos que tenham impacto positivo na comunidade.


Há naturalmente um longo caminho a percorrer, porque o processo de construção de marca é isso mesmo, um processo e porque o desenho do melhor produto/ serviço muitas vezes começa por um esboço. Esta criação é um diálogo constante com quem me procura e procura no meu trabalho um plano para atingir os seus objetivos.


Num contexto como o atual, só posso estar muito agradecida e com plena consciência do muito que ainda há a fazer.


Ainda temos 11 meses de 2021 para fazer acontecer de propósito.


Aos que confiaram em mim a sua missão, muito obrigada.


A ti que queres iniciar algo, fica a promessa: a tua missão é a minha causa.





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As imagens que me marcaram e o que imagino para 2021


Entrámos no momento do ano próprio dos balanços, retrospetivas e avaliações. Mesmo que não tenhamos este hábito, duvido que este ano haja alguém que não esteja em fase de reflexão.


O tema pandemia é incontornável, assim como todo o seu impacto em todas as áreas das nossas vidas.


Quando olho para trás há um momento que destaco por ter sido completamente inesperado: a paragem à escala global, nunca vista. Não foi o novo vírus, nem a declaração de pandemia, contexto que já tínhamos vivido, e muitos sabíamos que acontecer de novo seria só uma questão de tempo. Foi este movimento simultâneo de recolhimento em casa.


Sentimos de forma global as nossas estruturas abalarem, muito do que tínhamos como certo deixou de o ser e planear passou a ser um exercício quase impossível.


Sem sair de casa reunimos, estudámos, trabalhámos, consumimos, treinámos… poderia elencar muitos outros verbos que conjugámos isolados e todos têm como denominador comum o facto de ter sido possível graças à tecnologia.


Se quiser associar imagens a esta reflexão, há duas que surgem de forma imediata que, para mim, simbolizam o ano de 2020: a imagem dos aviões de todo o mundo em terra, sem ordem prevista para voltar a levantar voo; e a geração dos mais velhos isolados em lares e hospitais.


Imagens que nada têm a ver uma com a outra, a não ser o facto de terem tornado claros os meus confortáveis desconfortos.


Se a imagem dos aviões em terra nos mostrou os benefícios para o ambiente desta paragem, também me permitiu começar a perceber que a dimensão dos prejuízos seria globalmente maior e mais profunda.


Já perceber a solidão e tristeza de pais e avós doentes e isolados em instituições, foi uma aterragem nos telhados de vidro de todos nós.


Embarcámos num modelo de desenvolvimento que, mesmo sabendo que gera enormes desequilíbrios individuais e coletivos, designámos por "normal".


"Novo normal" é a expressão que escolho para 2020. Como se "novo" respeitasse ao momento que vivemos, circunscrito à pandemia, e "normal" à era antes do vírus. Há, na minha perspetiva uma utopia neste termo. A de esperar que o mundo volte ao que era, mesmo com todos os desequilíbrios, para recuperarmos a vida que tínhamos, mesmo que não fosse a melhor. Porque o que conhecemos é o que controlamos e nos faz sentir seguros.


O que me parece certo é que o vírus acelerou processos de mudança já em curso e apontou a câmara para realidades insustentáveis e que precisam de novas abordagens.


É o começo de uma nova era. Não começa com o vírus, mas este marca definitivamente a transição.


Podemos não saber o que nos reserva o futuro. Mas podemos imaginá-lo diferente.


Um futuro onde a energia verde é uma realidade e nos transporta para experiências com impacto positivo.


Um futuro onde as tecnologias se ocupam das atividades que nos têm tirado tempo para fazer o que nos define como pessoas: criar e cuidar.


E se podemos imaginar, podemos concretizar.


Os meus desejos para 2021 e futuro são estes: que a revolução tecnológica em curso crie condições para nos podermos desenvolver de forma mais sustentável, em equilíbrio com todas as dimensões da nossa vida e cumprindo o nosso propósito.


E tu? Que imagens te marcaram em 2020? E que estás a imaginar para 2021?


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Estratégia sim, sempre, mas para além desta, o propósito e este só se concretiza com coerência.


De há uns anos a esta parte, Marketeers e Gestores de Marcas têm vindo a perceber que a associação da sua marca a uma causa permite criar uma conexão positiva com os seus públicos e que esta, por sua vez, contribui de forma clara para o crescimento e sucesso do seu negócio.


Passámos da era do “que é que o produto faz por ti” para “que propósito maior serve este produto”.


Num artigo de 2018 da Forbes, assinado por William Craig fundador da WebFX, podemos ler que o propósito ocupa hoje o coração do marketing, dado que se percebeu o seu contributo para o crescimento, sucesso e inovação de um negócio. Nesta afirmação, Craig suporta-se num estudo desenvolvido e publicado pela Harvard Business Review em 2015, no qual se pode ler que, dos 474 executivos entrevistados, mais de 80% referem que o propósito aumenta a satisfação da sua equipa, motiva a inovação e aumenta a lealdade dos consumidores.


Também é verdade que não podemos dissociar o propósito de uma organização com o tema da sustentabilidade, que está hoje amplamente disseminado na sociedade, como nos demonstram vários estudos. Recordo o "Grande Inquérito Sobre Sustentabilidade" realizado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa em parceria com a Missão Continente, cujo relatório, apresentado em 2016, refere que mesmo que não tenhamos conhecimento aprofundado das várias dimensões que o conceito sustentabilidade abarca, há uma crença generalizada de que a forma como consumimos está a comprometer o futuro do planeta.


Assim se explica que o consumidor, perante dois produtos que respondem à mesma necessidade, tende a optar pelo que se assume social, ambiental ou economicamente responsável.


É por tudo isto que, hoje, a maioria das empresas ou marcas já incorporaram ou estão a incorporar na sua linguagem os termos “sustentabilidade”, “equilíbrio social, económico e ambiental”; lançam campanhas por causas; e/ou a criam produtos e serviços com um propósito que ultrapassa o seu benefício tangível.


Então será o propósito hoje um fator de diferenciação de uma organização, empresa, marca? O indicador que todos procuramos nas nossas escolhas de consumo diárias?


É, sem dúvida, mas não pode estar dissociado de coerência: o alinhamento entre o que a organização é, o que diz de si e as suas ações, isto é o, que produz, como produz e o que coloca no mercado. A coerência é, para mim, o grande fator de diferenciação de uma organização.


Coerência é também e sobretudo assumir a imperfeição como ponto de partida para ser agente de transformação e com isso conseguir inspirar os seus públicos a participar e agir em prole dessa transformação e propósito.


Nenhuma organização pode ser melhor sucedida apenas por apoiar ou lançar uma campanha por uma causa.


O sucesso dependerá de um processo interno de análise com vista à transformação. Perceber que valores caracterizam a empresa. Que propósito a faz agir. Perceber e assumir a sua quota parte de responsabilidade no problema social, económico ou ambiental que identificou e que quer ajudar a resolver. Depois, transformar e inovar a sua ação para que o seu impacto seja, de facto, positivo. Transformar-se de dentro para fora.


Processo esse que é válido a nível individual, para quem quer empreender, criando e promovendo marcas de propósito.


É esta inovação que traz sucesso. É este propósito que permite uma verdadeira ligação dos vários públicos a uma pessoa, uma empresa, ou marca. É este o movimento que inspira a comunidade a participar e agir em prole da mesma missão.


E isto é Marketing de Propósito.


Chegaremos a um ponto, assim espero, em que todos os empreendimentos se desenvolvem e crescem em respeito pelo seu entorno.


Até lá, farei a minha parte da melhor forma que sei: usar o marketing e a comunicação na construção e crescimento de marcas ou iniciativas que impactam positivamente a sociedade.


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